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Para Roma, eu fui


Não posso dizer que visitar a cidade dos Césares era uma prioridade para mim. Não, não era! Mas ao resolvermos comemorar nossos 50 anos de vida e em homenagem a nossa primeira viagem internacional, quando tínhamos 15 anos, a Itália passou a ser,  e Roma, é claro, estaria no roteiro. Foi a última das seis cidades que visitamos no país.


Antes de qualquer coisa vou repetir o que inúmeras pessoas já disseram "Roma é sim um museu a céu aberto". Clichê, é verdade, porém não vi como fugir disso para expressar a quantidade de esculturas, construções históricas, fontes e monumentos que encontramos em nossas perambuladas pela cidade. Mas confesso, não pensei que fosse encontrar uma cidade com um "quê" de muvuca de país pobre. Pois é, por lá me deparei com muitos pedintes e lixo pelas ruas, vendedores ambulantes, artistas de rua, além de um trânsito caótico.




Mas deixemos esses aspectos não tão agradáveis de lado. Afinal não estava ali para fazer análise sócio econômica do país e sim para admirar  todo aquele acervo artístico e histórico a minha disposição.


Então, nossa viagem a Roma começou assim: Chegamos à estação Termini após uma viagem de trem de aproximadamente duas horas de Assis, onde nos encontrávamos.


Dali seguiríamos de metrô até onde estava o hotel, na Cidade do Vaticano. Pois é, dormiríamos ali, bem pertinho do Papa. Porém, o problema foi conseguirmos entrar no vagão. Era tanta gente entrando e saindo, num verdadeiro desespero, que arrastando nossas malas de rodinhas (tamanho médio) foi impossível colocar o pé dentro do  dito cujo. Respiramos fundo e, no próximo, resolvemos avançar como se estivéssemos em uma disputa por lugar em uma maratona. Mas conseguimos!

Com o mapa checado, vimos que nosso destino final era a estação Ottaviano. Até aí tudo bem, bastava descer do metrô e seguir a pé, pois o hotel estava próximo. E estava, mas o problema foi carregar a mala pesada  e subir por várias escadarias para sair da estação. 



Mas o que não vale uma demostração de esforço e sofrimento de duas damas desacompanhadas em uma cidade de cavalheiros solícitos? Logo apareceu um que levasse as nossas malas para cima. E depois de umas titubeadas, finalmente chegamos ao hotel.

Ficamos quatro dias em Roma e optamos por usar ônibus hop on, hop off para fazermos nossos deslocamentos entre as atrações da cidade.



Fizemos um tour pelas principais igrejas da cidade (veja aqui). 



Fomos ao Museu Capitolinos, subimos até o terraço panorâmico do Monumento Nacional Vittorio Emanuele II e vimos Roma e o Vaticano do alto.






Dedicamos um dia inteiro para os Museus Vaticanos, Basílica de São Pedro e a Capela Sistina. De quebra, vi o Papa.  





Ver o Forum Romano, entrar no Coliseu e chegar perto da escultura da Loba com Rômulo e Remo, foi como reviver as aulas de história do colégio.





E é claro, não poderiam faltar as famosas fontes da cidade, especialmente a Fontana de Trevi.


Se valeu à pena ir? posso afirmar que valeu e muito ir a Roma. Mas com certeza, teria que voltar algumas vezes para ver tudo ou quase tudo do que ela tem para nos mostrar.

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